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REFLEXÃO DA AULA MAGISTRAL Pedofilia: Aspectos Psicológicos e Jurídicos

head(MANOEL MESSIAS DA SILVA-4º ANO DE TEOLOGIA)

 

Neste artigo analisa-se a aula magistral do dia 16/de março, mas, sobretudo o seu tema: Pedofilia: Aspectos Psicológicos e Jurídicos, do professor Dr. Padre Luiz Carlos, com a ajuda das psicólogas Dra. Maria Marques, Dra. Gilvaneide e o advogado Dr. Newton. Buscou entender sobre a etimologia, a palavra pedofilia, etimologicamente, deriva do grego paidofilia, a partir das matrizes paidós (criança) e philia (amor a, amizade), significando, originalmente, “amor por crianças” (TRINDADE; BREIER, 2010, p. 21). Depois acentuou o transtorno da sexualidade denominado pedofilia e buscou-se o esclarecimento acerca dos critérios; da abordagem jurídica; do que diz o ordenamento penal brasileiro e o que pode ser aplicado no caso da prática da pedofilia, tendo em vista que não há previsão específica no ordenamento canônico e jurídico para esta conduta. Inicialmente perscrutou-se a conduta pedófila, donde se evidencia que comumente há entre as pessoas envolvidas na prática da pedofilia, uma relação de poder, onde, de um lado visualiza-se um indivíduo portador da parafilia[1] e de outro, uma criança ou adolescente, o “vulnerável” que diante do abuso de uma relação de confiança torna-se vítima de ato sexual atentatório a sua dignidade. Foi perpassada também a questão da imputabilidade penal trazido pelo artigo 26 do Código Penal Brasileiro, pois existem alguns doutrinadores bem reconhecidos na academia jurídica que sustentam a tese de que estes indivíduos pedofílicos são padecedores de transtorno da personalidade sexual e que realmente fazem jus à benesse penal. Só para constar, na Grécia antiga, a prática sexual entre uma pessoa mais velha e um jovem era encarada de forma natural pela sociedade. A maioria dos casos ocorria entre pessoas do mesmo sexo, cuja incidência predominava entre os homens, funcionando como uma troca de favores pessoais para a iniciação do jovem à fase adulta, a partir do momento que passavam a desenvolver relações estáveis com o sexo oposto (CORREIA, 2003). O comportamento pedofílico torna-se difícil destacar um sinal aparente característico da personalidade do agente pedófilo, apenas podendo se remeter à reprovação da atitude junto à sociedade, fazendo com que se busquem junto aos dispositivos legais, elementos de conectividade capazes de coibir toda a atividade sexual praticada contra a infância. O tema proposto para exposição, pedofilia, interessa a toda a sociedade atual por ter, na última década do século XX, emergido de um passado distante para se propagar por todas as direções, especialmente devido à democratização dos meios de comunicação e à facilidade da veiculação das notícias, não mais se mantendo em grupos e segmentos contidos. Na atualidade, o problema da pedofilia eclodiu não apenas pela ação da mídia e pelo encorajamento a denúncias pelas vítimas, mas também pela devastadora proliferação da prostituição infantil, resultante, dentre outras causas, da pobreza. O filme “Spotlight: Segredos Revelados” que trata do drama sobre a pedofilia na Diocese de Boston trás um encaminhamento de denúncias contra sacerdotes acontecidas naquele local criando uma urgência no direito penal da Igreja em sua dimensão pastoral. O problema é complexo, pois engloba causas históricas, razões sociais e econômicas e religiosas, enquanto enseja a formação de uma vasta rede de conexão, envolvendo não só sacerdotes, mas todas as instâncias de várias instituições.

Por fim, a pedofilia pode ser identificada sob, no mínimo, dois aspectos. Quais sejam: primeiramente sob uma ótica psicológica, tendo em vista os distúrbios e os transtornos que afetam o indivíduo que é considerado clinicamente pedófilo. Em segundo lugar, sob o aspecto jurídico, penalizando todos aqueles indivíduos que cometem abuso sexual contra crianças. Essas situações de agressões podem ser ocasionais ou até mesmo específicas, todavia, não implica dizer que o sujeito pedofílico sofra um desvio mental capaz de gerar a chamada inimputabilidade penal, defendida por alguns.

  • Aqui, no Brasil, temos a lei protetora, a Lei Federal nº 8.069/90, que regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, traz em seu bojo artigos que combatem crimes relacionados à “pedofilia” na rede mundial de computadores, crimes que têm como foco principal a utilização de imagens pornográficas infantis. Tais dispositivos legais encontram-se previstos nos artigos 240 ao 241-E do mesmo Estatuto. No entanto, os casos de pedofilias são cada vez mais agravantes… A palestra nos ajudou a entrar nesse “complexo”, e vendo o caso como uma “doença criminal”, cabe a nós ultrajarmos de responsabilidades e compromissos assumirmos a via profética, pois somos chamados a ser misericordioso como o Pai é Misericordioso.

 

REFERENCIAS:

Comentários feitos pelo palestrante e seus convidados

CARRERA, Mário Sérgio Valadares. A pedofilia virtual e seus reflexos no âmbito Jurídico. Trabalho de Graduação do Curso de Bacharel em Direito das Faculdades Jorge Amado, 2003. Boletim Jurídico. Minas Gerais. Publicação nº 1881. Disponível em:                            http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1881>. Acesso em: 17 mar. 2061.

FRANÇA, Genival Veloso de.  Medicina Legal.  6 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2001.

FORTE, Carlos. Crimes Ligados a Pedofilia – O que é Pedofilia? Associação Mineira do Ministério Público – AMMP Notícias. n. 34, p. 8-9, mar. 2011. Disponível em: <http://www.todoscontrapedofilia.ning.com>. Acesso em: 17 mar. 2016.

TRINDADE, Jorge; BREIER, Ricardo. Pedofilia: aspectos psicológicos e penais. 2 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2010

[1] É um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual, ou seja, no tipo de parceiro.

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REDES SOCIAIS E UM PEIXE FORA D´ÁGUA

(MANOEL MESSIAS DA SILVA)

“O homem é, por natureza, um ser social[1]

De forma popular, sabemos que as Redes Sociais são o meio onde as pessoas se reúnem por afinidades e com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e fazendo conexões com dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas ou não. Antropologicamente e socialmente Denomina-se Rede Social o complexo de relações entre pessoas que fazem parte de um grupo e que facilitam a interação. A primeira rede social surgiu em 1995 nos Estados Unidos e Canadá, chamada Classmates, com o objetivo de conectar estudantes da faculdade. As mídias digitais se tornaram onipresentes no dia-a-dia das pessoas do século XXI. E para os católicos não é diferente, pois o Papa Francisco, que reconheceu ser um desastre quando se trata de tecnologia, disse que as redes sociais e as mensagens de texto foram “um dom de Deus” se usados com sabedoria. “Também emails, SMS, redes sociais, chats podem ser formas de comunicação plenamente humanas”, disse o papa numa mensagem por ocasião do Dia Mundial das Comunicações da Igreja Católica Romana[2]. No entanto, como nome proposital de Rede infere maior observação, os riscos de se relacionar virtualmente implicam um descuido de forma gradativa o não- relacionamento de forma real e nesse víeis sempre deixamos um peixe fora d água e nós mesmos viramos esse peixe.

Entre a fuga da realidade e os perigos diversos do desconhecido, está o peixe fora d’água Em meio a essas redes todas. Ser social não quer dizer está se socializando virtualmente; creio que se Aristóteles fosse vivo concordaria comigo. Usamos das redes pelo benéfico comum de relacionar, mas há pessoas que usam das redes para pescar a vida dos outros… E há nessas redes todo tipo de peixe: O golfinho que quer apenas se comunicar; A Traíra que esconde suas identidades nas escamas; O peixe-boi que só se comunica se houver interesse e o Tubarão que usa da agressividade ao se comunicar.

As relações comunitárias estão cada vez mais dependentes dos “perfis” que se adéquam a algum modelo virtual; as mentiras dos bate-papos confundem as verdades que se tinha em apenas um olhar e de forma inconsciente as amizades ficam próximas nas redes sociais e distantes presencialmente. Lancemos as nossas redes com cuidado, pois corremos um grande perigo de ser o único peixe fora da água. Relacionamento real vale mais que mil curtidas ou dez mil seguidores, ou mesmo muitas quantidades de inscritos, pois um abraço, uma conversa pelo olhar difunde a verdadeira rede social.

[1] Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, I, 1097 b 8-11.

[2] http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/redes-sociais-sao-dom-de-deus-se-usadas-sabiamente-diz-papa.htmlredes-sociais

COMUNICAÇÃO DO SER E DO VIR A SER

Manoel Messias da Silva

Muitos “comunicadores” fizeram histórias por meio da informação. Hoje tudo é informado, aparentemente claro, quase não há tempo para comunicar.  A informação não é comunicação, ela é apenas uma imposição a ser cumprida, já a comunicação é a troca das experiências.A comunicação, é algo que violenta o pensamento, como diz Deleuze, por tanto me incita a comunicar minha vida e o meu tempo gasto.

Adão e Eva foram comunicados sobre um tal fruto proibido, porém preferiram ouvir a informação que poderiam comer esse fruto. Foi comunicado a Noé sobre o dilúvio, sua falha foi informar o dilúvio, pois o chamaram de louco. Deus comunica a vida a Abraão, não compreendendo bem, o próprio Abraão informa o sacrifício de seu filho. Deus comunica a liberdade do povo e Moisés informa uma terra de leite e mel. Deus comunica o poder a Sansão e este informa a Dalila à fraqueza. Deus comunica a fidelidade de Jó e Satanás informa as tragédias. Jesus Nosso Senhor comunica a Boa Nova para sabermos a diferença entre comunicar e informar.

SOMOS LIVRES PARA COMUNICAR COM A VIDA A BOA NOVA